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domingo, 1 de dezembro de 2013

Serpente vs Aranha


Inicialmente é necessário observar que a tinha mais aprendizado que a cobra, já que a aranha já era adulta, e a cobra possivelmente era ainda um indivíduo juvenil. A aranha também tinha um veneno mais “potente”. A cobra tentou atacar aranha, primeiramente, sem sucesso. Já aranha conseguiu injetar o seu veneno naquele réptil.

Os venenos tem três frações que tem maneiras diferentes de ação: proteolítico, desfibrilador e neurotrópico (ação no Sistema Nervoso Central, e consequente diminuição dos movimentos). O tipo de veneno que a aranha injetou na cobra é o neurotrópico. Este veneno é composto principalmente por peptídeos e acilpoliaminas. As acilpoliaminas causam uma rápida paralisia da presa, agindo em receptores ionotrópicos de glutanato pós-sinápticos de animais tanto invertebrados como vertebrados. Sendo assim, causam  o bloqueio da sinapse na junção neuromuscular.   

Nos peptídeos que estão na composição dos venenos das aranhas, trezentas sequencias de aminoácidos foram descritas. Esses peptídeos possivelmente são moduladores de correntes de canais para K+, Na+ e Ca2+ voltagem dependentes presentes nos neurônios periféricos ou do sistema nervoso central.

Todas as aranhas tem veneno que inoculam nas suas presas através de quelíceras, embora algumas aranhas tenham perdido essa capacidade ao longo do processo evolutivo.O veneno é armazenado numa glândula que se localiza no cefalotórax, conseguindo alcançar as quelíceras, o órgão responsável por expeli-lo. Uma coisa importante no comportamento das aranhas é que elas somente picam quando se sentem acuadas, ou para alimentação. No instante da picada, as quelíceras são elevadas e cravadas na presa; neste mesmo instante, a musculatura que envolve a glândula de veneno se contrai, e descarrega o fluído.

O veneno serve para paralisar, pois como não tem pinças nem garras para deter as presas, nem tem dentes, digerem-nas externamente, através de enzimas, transformando-as numa “sopa” que depois sugam.Os canais para NA+ voltagem-dependentes (Nav) em conjunto com os canais para K+, formam o alicerce para a geração do impulso nervoso e também pela propagação dos sinais do sistema nervoso.
Os canais para K+ tem a sua função nos processos de sinalização celular, que ordenam a liberação do neurotransmissor, da frequência cardíaca, de excitabilidade neuronal, do transporte de eletrólitos epiteliais, de contração da musculatura lisa e de regulação do volume celular.Os canais de cálcio voltagem-dependentes (Cav)  auxiliam o influxo de CA2+, respondendo à despolarização da membrana e organizam inúmeros processos dentro das células, como contração, secreção, neurotransmissão, e expressão gênica de muitos tipos de células.
     O veneno tem uma temperatura máxima e mínima para manter a sua atividade (circulação de veneno pelo corpo da presa). A aranha deveria estar mais adaptada ao local do embate. Este espaço possivelmente era a toca da aranha, que por sua vez foi “visitada” pela cobra. A aranha mostrada no vídeo, faz parte do grupo comumente conhecido por aranhas de grama, ou tarântulas., que são pertencentes ao gênero Lycosa. São espécies normalmente de clima tropical e subtropical. Muitas apresentam quelíceras de porte avantajado, podendo picar e introduzir os ferrões a uma certa profundidade. Quando estas aranhas se sentem acuadas, elas usam as pernas traseiras, que possuem espinhos fortes, raspando o abdome, que solta pelos. Estes pelos contem pequenas cerdas que causam irritação quando se infiltram no epitélio ou mucosa atingida.

            Estas aranhas apresentam normalmente hábito noturno e habitat variado: sob o tronco de árvores podres, próximo a raízes, em buracos no solo, e cupinzeiros ou mesmo em bromélias. Há espécies que são errantes e outras que vivem abrigadas. Estes abrigos tem algo como uma saída de emergência, fechados por uma tampa oculta, o que torna difícil a identificação deste recinto.  

Assista o vídeo:



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