Páginas

domingo, 15 de dezembro de 2013

O estresse nos peixes

Quando o peixe é exposto a um agente estressor, ocorre a ativação de dois eixos neuroendócrinos: o eixo hipotálamo-sistema nervoso simpático-cromafins (HSC), que resulta na liberação de catecolaminas (adrenalinas e noradrenalinas), como produtos finais; e o eixo hipotálamo-hipófise-interrenal (HHI) que libera corticosteróides (cortisol e cortisona). Mazeud et al (1997) introduziram a ideia de efeitos primários  (nível endócrino, com liberação de cortisol) e secundário (metabolismo e osmorregulação, com imunossupressão) de estresse em peixes.

Assim, a ação destes hormônios em diversos órgãos resulta em modificações bioquímicas e fisiológicas denominadas respostas secundárias, ao estresse Esta ideia se expandiu com o trabalho de McLeay (1981) devido à inclusão de um terceiro nível de estresse, relacionado à doença. ou à resistência a ela. . De forma geral, a resposta ao estresse apresentar três níveis (primário, secundário e terciário), que se inicia no sistema nervoso endócrino e apresenta um aumento sucessivo até o nível de animal como um todo. Assim, temos as respostas primárias pela ativação dos centros cerebrais, o que resulta na liberação de catecolaminas e corticosteroides; as respostas secundárias incluem aumentos do débito cardíaco, da capacidade do transporte de oxigênio, da mobilização de substâncias energéticas e dos distúrbios no balanço hidromineral; e as respostas terciárias se estendem para o o nível de organismos e populações, apresentando efeitos como inibição do crescimento, da reprodução, e da resposta imune, além da redução da capacidade de tolerância a agentes estressores adicionais (Oba, et al. 2009).


LIMA, L.C., Ribeiro, L.P., Leite, R.C, e Melo, D.C.. Estresse em peixes. Rev Bras Reprod Anim, Belo Horizonte, v.30, n.3/4, p.113-117, jul./dez. 2006.

OBA, E. T., Mariano, W. S., Santos, L. R. B., Estresse em peixes cultivados: agravantes e atenuantes para o manejo rentável.

Nenhum comentário:

Postar um comentário